Um conto, contado.
Que não foi notado
Muito menos admirado
Por não ser engraçado
O caso foi feio
O loiro e o moreno
Um tiro certeiro
Lá se foi o guerreiro
Dois cabras marcados
A serem encontrados
Sem horário destinado
Para serem enterrados
Coitado do rapaz
Tão jovem e tão voraz
Nem avisou seus pais
Que não voltaria mais
Gente simples e boa
Mal sabia da lagoa
Do filho perdido a toa
Por culpa de uma broa
Quem diria este destino
Para o jovem pequenino
Mais homem que menino
Alguns dirão, foi o vinho.
Não vai mais poder estudar
Muito menos se formar
Onde tudo começou? Naquele bar
O que fica a beira mar
Chances que não vai ter
Porque acaba de morrer
Seria surpresa não perder
Por conta de não saber
Ainda bem foi um sonho
Algo confuso e medonho
Chega a dar calafrio
Pensar naquele mandrio
Com uma arma no quadril
E o olhar tão sombrio
Melhor voltar a dormir
Quem sabe agora sorri
Já que ele não vai poder me ferir
E eu da cama de medo não cair.
09-10-2012
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