Como erva daninha junto à roseira
Sinto-me cativo, preso a uma coleira
Que quanto mais forço para escapar
Esmoreço, pois passa a sufocar
No destino perco a estribeira
Com a visão curta, cego pela viseira
Por medo agarro-me aos grilhões
Feito marionete, de suporte os cordões
Fica pior ao cair da noite
Sentir na pele o arder do açoite
Fugir desta tormenta seria a solução
Fala mais alto o dever e obrigação
Mas o tempo refrigera minha alma
Devolvendo pouco a pouco a perdida calma
Antes que tudo possa desmoronar
Nova semente na terra fez brotar
Quando a razão superar o argumento
Livrarmo-nos enfim do sofrimento
Sobra então a questão não respondida
O que queres para tua vida?
O novo caminho ao qual escolher
Por mérito nele vá prevalecer
Assim deseja este coração
Sem vergonha e sem noção