Misturando meu olfato
A soma do tato
Imaginava um saboroso prato
Acreditando que seria pato
Depois fomos para o quarto
Quando avistei um sapato
Na cômoda um retrato
Não perguntei; o que seria este ato?
Agi como cão que odeia o gato
Que por sua vez persegue o rato
Lembrei-me deste fato
Quase fui preso por desacato
Sorte foi meu contrato
Que me trouxe um novo contato
Me libertou intacto
Ou levaria “aquele trato”
Como fui ingrato
Separação era o mais sensato
Compraria um “Ap” estava apito
Mesmo que fosse deste compacto
Por conta do disparato
Cai na calçada junto ao mato
Por culpa de um infarto
Saindo do banco ao ver meu extrato.