Casinha velha e pequenina
Lá no auto da colina
Onde um dia fui morar
Fazendo dela o meu lar
Cada coisa em seu cantinho
De fino trato, arrumadinho
Flores a brotar por todo quintal
As roupas estendidas no varal
A brisa soprava o aroma de avelã
Misturado ao do café da manhã
O entardecer com lindo por do sol
Embalado pelo canto do rouxinol
E quando o frio chegava
Lenha para a lareira cortava
Na mesa bom vinho e pão
Meu “pequeno, mas grande” pedaço de chão
E para tornar a vida completa
Só falta a companhia, pois isso me afeta
Mas nada melhor que dar tempo ao tempo
Para salvar este dúbio contratempo
Clamarei pelo amor em direção ao vento
Que levará consigo este meu lamento
Tomarei da esperança como alimento
E na hora certa terá fim meu alento