segunda-feira, 30 de junho de 2014

MISTURANDO A ARTE

Cito aqui parte de uma história
Entenda que inventada e simplória
Sem delongas melhor começar
“Aviso” sua mente pode bagunçar

Difícil falar em “Epopeia”
E não comentar “a odisseia”
Poucos testemunhos das batalhas
Relatos em si, na maioria, falhas

Seguindo “o trovador” se fez calar
Já não aguentavam a ele escutar
Seu cântico mais parecia um “tenor”
Causava apenas tumulto e rancor

Também pudera, pois sem pensar
Sobre “a passagem” estava a falar
Enquanto “epitáfios” eram registrados
Para que destes fossem lembrados

O caos estava preste a se formar
Tudo parou, um “soneto” se fez ecoar
Transbordando um ar de paz e harmonia
Gerando alivio e trazendo alegria

Ao mesmo tempo do lado da praça
O sujeito do “cordel” a fazer arruaça
Retrucando “versos” surge então o valente
Que criava suas rimas passadas no “repente”



quarta-feira, 25 de junho de 2014

RECOMPENSA

Hoje é assim que o trata
Fiel companheiro maltrata
Deixando-o em plena solidão
Tamanha e injusta ingratidão

No escuro retorcendo
Angustia lhe remoendo
Em um quarto fechado
Tendo o corpo amarrado

Sempre esteve contigo
Desejando ser teu amigo
Quando é preciso, seu defensor
Suportando toda e qualquer dor

Apesar do sofrimento
Guarda-lhe sentimento
Quando sai batendo a porta
Aguarda ansioso a tua volta

Enfim, só lhe resta esperar
Até o momento que chegar
Receber-te com branda folia
Faz festa, mostrando energia

Abanando o rabo sem parar
Tentando seu amor demonstrar
E quando ganha um carinho
Esquece o que passou sozinho

quinta-feira, 12 de junho de 2014

ROTULANDO


Detentores do conhecimento
Tentados ao emburrecimento
Esquecem, vivemos em sociedade
Ultraje no linear da liberdade

Julgando-os com gélidos olhares
Meramente por serem peculiares
Porque fizeram uma escolha
A “ELES” não há quem acolha

Ser diferente causa medo
Indignação, ira em segredo
Realidade da mente distorcida
Alienados. Hipocrisia enrustida

Repulsa por status, cor e religião
Seu peso, sua idade, sua nação
Quem sabe, fosse estética
Partes de seu corpo falsa, sintética

Será o estilo o “X” da questão
Motivando tamanha comoção
Que pergunta tão impertinente
Ninguém se importa com esta gente

O que dizer desta farsa moral
Não distingue o bem e o mal
Apontando e condenando sem saber
Aos seres rotulando, quem bem entender






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