Tens minha alma como companheira
De longe, és minha carcereira
A ti estou aprisionado
Prisão perpétua, sentenciado
Para o mundo, tornou-se perverso
Não mais condiz com o universo
Prefere a esta reclusão
Mantendo-se a salvo em seu coração
Ao encontrar abrigo e proteção
Retribui com toda gratidão
Pois, cansado está de se aventurar
Por novas paixões se deixar levar
O que lhe causava sofrimento
Aprofundando-o em tormento
Assim, em teu peito fez morada
Livrando-se da vida amargurada
Hoje com o passar da idade
Conheceu enfim a felicidade
Abandonando de vez a insegurança
Voltando a ser uma criança
Consegue novamente sorrir
Sem correr risco de se ferir
Mas, se por ventura acontecer
Ao teu abraço vai recorrer
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